sexta-feira, 25 de julho de 2014

Justiça Federal determina bloqueio de bens dos sócios da Telexfree

Empresa deverá suspender imediatamente atividades econômicas no Brasil; decisão atendeu pedido do MPF-ES


O juiz Aylton Bonomo Jr., da 1ª Vara Federal Criminal de Vitória, no Espirito Santo, atendeu pedido do MPF (Ministério Público Federal) no estado e determinou o bloqueio de bens e a quebra dos sigilos fiscal e bancários da empresa e dos sócios da Ympactus Comercial S.A, popularmente conhecida como Telexfree. A empresa também terá de suspender, imediatamente, quaisquer atividades econômicas em território nacional.
A Justiça autorizou, ainda, o cumprimento de mandados de busca e apreensão em oito locais na Grande Vitória: nas residências de dois sócios; nas sedes da Telexfree e de outra empresa investigada; e em quatro escritórios de contabilidade.

O inquérito que apura a possível ocorrência de crimes praticados pela Telexfree e pelos seus sócios foi instaurado pelo MPF-ES. O material apreendido vai subsidiar as investigações sobre crimes de pirâmide financeira; oferta pública de valores mobiliários sem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários; evasão de divisas; lavagem de dinheiro; e sonegação fiscal.

O MPF-ES chegou a requerer a prisão dos principais líderes da Telexfree, mas a Justiça negou o pedido. A Procuradoria, por enquanto, não vai recorrer da decisão, mas informou que vai verificar se as medidas cautelares impostas aos sócios da empresa serão suficientes.

Operação Orion

A investigação sobre a atuação da Telexfree no Brasil está sendo feita em conjunto entre MPF-ES, Polícia e Receita Federal. Após o pedido da Procuradoria, a Justiça autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em nove locais na cidade de Vitória, capital do estado: nas residências de dois sócios; nas sedes da Telexfree e de outra empresa investigada; e em quatro escritórios de contabilidade.

Atualmente, a Telexfree é alvo de uma ação civil pública na 2ª Vara Cível de Rio Branco, no Acre. A empresa também é investigada nos Estados Unidos, por conta da suspeita de fraude eletrônica instrumentalizada por uma pirâmide financeira. Em abril, o Tribunal Distrital de Boston determinou o congelamento dos bens do grupo.

Última Instância tentou contato com a defesa da Telexfree, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Fonte: Última Instância

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