Renegociar o débito com o banco é difícil, mas não é impossível: o credor pode preferir facilitar o pagamento do que deixar de receber, o é um bom negócio para os dois lados
O custo de manutenção de um carro é elevado para quem financia e já está com o orçamento comprometido.
Além de pagar as parcelas do financiamento do carro, é preciso quitar seguro, o IPVA e mais todas as despesas de manutenção de um veículo como revisão, combustível, lavagem, entre tantas outras. Ou seja, se não foi bem planejado, o gasto será bem acima do previsto e as chances de não conseguir pagar o financiamento são grandes.
Antes de deixar de pagar o financiamento e virar inadimplente, o consumidor deve tentar renegociar a dívida e mudar os hábitos de compra. Observar os gastos e fazer a projeção da renda para os próximos meses é importante para buscar a renegociação do débito antes de ficar inadimplente.
O primeiro passo é renegociar a dívida e mudar os hábitos passando a controlar os gastos. É fundamental fugir do apelo mercadológico das compras a prazo.
Pode ser difícil conseguir renegociar o débito com o credor, mas não é impossível. O banco pode preferir facilitar o pagamento do que deixar de receber, o que pode ser um bom negócio para os dois lados. Mas a renegociação, assim como assumir outro financiamento para pagar a dívida, está sujeita à cobrança de juros mais altos – o crédito fica mais caro.
Outra saída é tentar vender o automóvel para alguém que consiga assumir a dívida.
Atenção com a modalidade de financiamento chamado de “alienação fiduciária”. Neste caso, o banco paga parte do valor e o carro só será de propriedade do comprador quando este terminar de pagar as parcelas.
No caso de uma pessoa, por exemplo, que em um carro de R$ 20 mil, pagou R$ 10 mil de entrada e financiou o resto, ela terá na verdade uma dívida de R$ 15 mil por causa dos juros. Ela recebe o carro e não tem a propriedade dele: pois o bem fica alienado.
Caso o consumidor deixe de pagar uma parcela e não consiga renegociar a dívida, o banco se apropria do carro e tenta vender por meio de leilão. O banco usa o dinheiro para quitar a dívida, mas dificilmente consegue vender o bem pelo valor que cobra e o consumidor perde o carro e continua a dever para o banco. E para reformular esta dívida, o consumidor tem que recorrer a outro financiamento.
Fonte: Estadão
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