A Justiça proibiu a Sabesp de interromper o fornecimento de água na casa do advogado Marco Antônio Silva, 50, na Vila Medeiros (Zona Norte de SP). Se descumprir a decisão, a companhia terá de pagar multa de R$ 200,00 por dia.
Para cumprir a ordem, a Sabesp´instalou um aparelho que mede a pressão da água que chega ao imóvel. A companhia não informou como o equipamento funciona.
Em meio à pior crise hídrica do Estado, a Sabesp tem reduzido a pressão da rede na cidade - o que pode provocar a falta de água. Na Vila Medeiros, a pressão é reduzida todos os dias, das 13h as 4h, segundo a Sabesp.
O advogado entrou com a ação em Maio de 2014. Argumentou que não poderia sofrer cortes sem aviso enquanto a Sabesp não decretasse oficialmente um racionamento.
Ainda em maio, uma liminar (provisória) garantiu o pedido de Silva - nessa época o aparelho foi instalado.
A sentença em primeira instância que confirmou a decisão da liminar saiu no dia 29 de dezembro. "Muitos consumidores deveriam ter feito o mesmo que eu desde o começo." diz Silva.
A decisão dividiu os demais moradores da rua, que enfrentam problemas no abastecimento.
"Não é justo que só ele tenha água na rua", diz o autônomo Fernando Vicente da Silva, 61, vizinho de cima. A vizinha de baixo, Rosaly Pereira, 63, dona de um bar, é exceção. "Desde que colocaram o aparelho na casa dele, não faltou mais água aqui."
Em nota, a Sabesp disse que vai recorrer. A companhia disse que "neste momento crítico, o interesse coletivo deve vir acima do particular".
Fonte: UOL / Folha de São Paulo
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