Adriano Moreti recebe por mês quase R$ 24 mil de salário. Valores cobrados variavam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, dependendo do tipo da ação.
No Piauí, um defensor público foi preso acusado de cobrar para fazer o serviço pelo qual ele já recebe do governo. Ele exigia dinheiro de famílias pobres.
O defensor público Adriano Moreti, que trabalhava na cidade de União, recebe por mês do estado quase R$ 24 mil de salário. Ele foi preso, acusado de cobrar ilegalmente para atender à população.
O caso começou a ser investigado pela polícia no ano passado quando o Ministério Público estadual foi procurado por três vítimas que não conseguiram ter os processos resolvidos pelo defensor e que teriam pago pelo serviço.
A secretária do defensor responsável em cobrar e receber os pagamentos decidiu colaborar com a polícia. O Bom Dia Brasil teve acesso ao depoimento dela. A funcionária afirmou que os valores cobrados variavam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, dependendo do tipo da ação.
De acordo com a secretária, a cobrança era a forma mais rápida para agilizar os processos na Defensoria Pública da cidade. Extratos bancários da secretária do defensor comprovam a movimentação financeira do esquema que funciona há mais de um ano.
“A pessoa recebe do estado para atender pessoas carentes a prestar instrução jurídica a pessoas carentes e se aproveitar disso, da baixa instrução das pessoas para cobrar dinheiro é um duro golpe na sociedade”, afirma o delegado Carlos César.
Jurandir Porto, advogado de defesa de Adriano Moreti, alega a inocência do cliente. “Eu não vi essas provas, logo não acredito nelas”.
Ninguém da Defensoria Pública do estado do Piauí quis falar sobre assunto. Mas indicou um defensor para acompanhar o caso.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário