Não temos bola de cristal e não somos capazes de prever sequer as nossas próprias reações ou percepções, pois temos a incrível capacidade de mudarmos de ideia, privilégio de seres inteligentes. Como não temos o controle de tudo que nos cerca, fatalmente seremos surpreendidos muitas vezes em nossas vidas. Às vezes, surpreendidos positivamente. Em outras ocasiões, negativamente. Vivemos e corremos o risco de sermos rejeitados, traídos, passados para trás. Como reagir às surpresas negativas da vida? Certamente, essas reações determinam caminhos que tomaremos, escolhas que faremos e, por consequência, nossos resultados. Nossas emoções são constantemente testadas pelas surpresas da vida e seguimos caminhando, seja evoluindo ou ficando estagnados.
A vida é uma maratona e não uma corrida de 100 metros rasos. Numa maratona, não é quem sai correndo na frente que vence no final. Ao longo dos mais de 40 quilômetros da competição, muita coisa acontece e quem tem mais resistência é quem sobe no lugar mais alto do pódio. Essa resistência – no caso da vida, uma resistência emocional – vai determinar se mergulharemos no mar da autopiedade ou se usaremos as adversidades como motor de popa para navegarmos pelo oceano da vitória.
Este foi o caso do americano Brian Acton, um dos fundadores do WhatsApp. Em maio de 2009, ele fez este post no Twitter:
A tradução é: “Fui rejeitado no Twitter. Tudo bem. Teria sido uma longa jornada”.
Acton, que desejava arrumar um emprego como programador no Twitter, não foi selecionado, mas por sua mensagem demonstrou que não ficou abatido. A prova disso é que, em agosto, também participou de um processo seletivo para trabalhar no Facebook. Veja o resultado abaixo:
O Facebook também o rejeitou, e sua reação também demonstrou resiliência: “Foi uma grande oportunidade de me conectar com pessoas fantásticas. Estou na expectativa da próxima aventura”. Ele estava se referindo primeiramente às pessoas que conheceu no processo seletivo, mas deixa a pista: “na expectativa da próxima aventura”. No mesmo ano, em 2009, em parceria com o ucraniano Jam Koum, Brian Acton fundou o WhatsApp. Uma ideia simples, mas que em apenas 5 anos conquistou mais de 450 milhões de usuários ativos em todo o mundo, aplicativo responsável por um número total de mensagens praticamente igual ao somatório das mensagens SMS enviadas no planeta.
Os acionistas do WhatsApp embolsaram 19 bilhões de dólares, sendo 4 bilhões em dinheiro, 12 bilhões em ações do Facebook e mais 3 bilhões em ações restritas nos próximos 4 anos. Com isso, o rejeitado Brian Acton volta agora ao Facebook, dessa vez como acionista e como protagonista da maior aquisição da história feita pelo Facebook. E, claro, como mais um bilionário do mundo da tecnologia.
A vida definitivamente não é uma corrida de 100 metros rasos, mas sim uma maratona.
Fonte: Administradores
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