O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, concedeu ontem o benefício de prisão domiciliar ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez um acordo de delação premiada e detalhou um suposto esquema de corrupção na estatal. Costa está preso na Superintendência da PF em Curitiba e deverá ser levado hoje ao Rio de Janeiro, onde mora. Pelo acordo, Costa ficará cautelarmente por um ano em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Após condenação, fica até dois anos em regime semiaberto, e o restante em regime aberto.
Em nota, o juiz esclareceu que o pedido de transferência foi feito pelo Ministério Público e pela defesa do acusado, uma vez que ele colaborou com a Justiça. Moro também disse que as informações prestadas por Costa estão sujeitas à verificação.
A CPI Mista da Petrobras quer ter acesso a todos os depoimentos de Costa. Na semana passada, integrantes da comissão se reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e com o ministro responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na Corte, Teori Zavascki, para apresentar o pedido. No entanto, conforme explicado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), esses dados só estarão disponíveis após o acordo de delação premiada ter sido homologado pelo STF.
Na delação premiada, Paulo Roberto Costa teria dado detalhes de um esquema de corrupção operado na Petrobras. O parceiro de Costa nesse arranjo seria o doleiro Alberto Youssef. Os dois foram presos em março. O ex-diretor da Petrobras compareceu à CPI Mista da Petrobras para prestar depoimento no dia 17 de setembro, mas se valeu do direito legal de não responder as perguntas.
Fonte: Jus Brasil
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