quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Genoino diz em petição que 'aceita' ficar na Papuda

MARIÂNGELA GALLUCCI - Agência Estado
Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter recebido laudo médico atestando que o deputado federal José Genoino não tem cardiopatia grave, a defesa do petista protocolou um documento no STF no qual afirma que se ele for novamente preso prefere ficar em Brasília. Segundo os advogados, o parlamentar licenciado "aceita" cumprir a pena na capital federal. No complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, cumprem pena outros condenados por envolvimento com o esquema do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Na petição, a defesa insiste que Genoino apresenta um "grave quadro físico-clínico". Eles dizem esperar que o STF torne definitiva a prisão domiciliar do deputado. Atualmente, o congressista está na casa de uma filha, em Brasília. Mas, de acordo com o pedido dos advogados, se for confirmada a prisão domiciliar, Genoino quer cumpri-la em sua casa, em São Paulo.
"Porém, na inimaginável hipótese de que venha a ser o requerente recambiado ao regime semiaberto, requer, desde já, a desistência dos pedidos formulados para que fosse transferido a instituição penitenciária adequada no Estado de São Paulo, tendo em vista que aceita cumprir a pena privativa de liberdade no Distrito Federal", completam.
A pedido do presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, uma equipe de cinco cardiologistas fez uma perícia e elaborou um laudo sobre a saúde do deputado no qual afirmou que Genoino não tem doença grave e que não é imprescindível a sua permanência em casa para tratamento.
Para os cardiologistas, após passar por "intenso estresse emocional", Genoino apresentou manifestações clínicas "de forte componente psicossomático" como cefaleia, palpitações, tontura, anorexia, diarreia e episódios de constipação.
Joaquim Barbosa pediu um parecer ao Ministério Público sobre o episódio. Com base nessa documentação, decidirá se Genoino voltará para a Papuda ou se ficará em prisão domiciliar. 
Fonte: Estadão

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