terça-feira, 7 de julho de 2015

Para maioria da população, financiamento privado estimula corrupção

A maioria da população brasileira (79%) acredita que o financiamento de campanhas políticas por empresas estimula a corrupção, segundo pesquisa Datafolha sobre reforma política encomendada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Para 3% dos entrevistados, o financiamento privado combate a corrupção e, para 12%, não há qualquer relação entre as duas coisas.
De acordo com a sondagem, 74% dos brasileiros são contra o financiamento de campanhas por empresas privadas. São contra principalmente os mais escolarizados e os que têm renda entre 5 e 10 salários mínimos.
A maioria dos brasileiros adultos (65%) tem conhecimento de que nas eleições no Brasil os candidatos e partidos podem ser financiados por empresas, cidadãos, além de receber recursos de um fundo partidário.
Para presidente da OAB, é preciso criminalizar o chamado caixa dois.
OAB
De acordo com o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, as suspeitas sobre a origem do dinheiro que abasteceu campanhas, como apontado em delações premiadas da operação "lava jato" — que investiga corrupção na Petrobras —, reforçam a necessidade de mudanças no sistema eleitoral brasileiro. “O mais adequado para limpar o Brasil, além da devida punição de eventuais culpados, respeitada a Constituição e o amplo direito de defesa, é acabar com o investimento empresarial em eleições e tornar crime a utilização do dinheiro não contabilizado, o chamado caixa dois”, disse.
Conforme o perfil dos entrevistados, 75% disse não ter partido político de preferência.  O levantamento foi feito entre os dias 9 e 13 de junho deste ano com 2.125 entrevistados, em 135 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em maio, a Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 182/2007, que permite o financiamento de campanhas políticas por empresas privadas. Agora, o Senado deverá deliberar sobre a PEC.
Clique aqui para ver a pesquisa.
Fonte: Conjur

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