Os profissionais com histórico de pouca permanência nas empresas por onde passaram são descartados dos processos de seleção, segundo 95% dos CFOs brasileiros. Os dados fazem parte de um levantamento da Robert Half e mostram que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para taxar um candidato de instável, na opinião de 20% dos entrevistados. Outros 18% consideram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam ser preocupante 10 transições, no mesmo período. Para 15%, três movimentações nesse intervalo de tempo já merecem atenção.
Para Sócrates Melo, diretor da Robert Half, o profissional valorizado no mercado de trabalho é aquele capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados. "A contratação é um investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização (...) Claro que há razões plausíveis para curtas permanências. Mas o profissional pode ser classificado como instável caso as mudanças sigam um padrão e não tenham justificativas claras."
O estudo da Robert Half considerou a opinião de 1.185 CFOs da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão. Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos também colocam o recrutador em estado de atenção. Quanto à probabilidade de desconsiderar o currículo de um profissional instável, o índice de maior intolerância encontra-se em Hong Kong, onde 100% dos gestores evitam currículos com esse histórico.
Possibilidade de rejeição de candidatos com muitas passagens curtas no currículo
Colocação
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Países
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Porcentagem de gestores que acham muito provável
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Porcentagem de gestores que acham pouco provável
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1º
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Hong Kong
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43%
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57%
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2º
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BrasilChile
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53%
53% |
42%
42% |
3º
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Austrália
Japão |
39%
51% |
54%
43% |
4º
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Singapura
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41%
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49%
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5º
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Reino Unido
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36%
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53%
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6º
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Bélgica
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24%
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60%
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7º
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Franca
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29%
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55%
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Com o objetivo de barrar a rotatividade, os CFOs brasileiros têm utilizado como principal estratégia de retenção o aumento da remuneração, de acordo com 60% dos entrevistados, seguida por melhorias e benefícios flexíveis (54%), treinamento e desenvolvimento profissional (49%), plano de carreira (35%), flexibilidade de horário e local de trabalho (26%) e contraproposta (24%). Na média mundial, melhorias e benefícios flexíveis estão no topo da lista do plano de retenção, segundo a percepção de 52% dos entrevistados.
Fonte: Migalhas
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