quarta-feira, 29 de maio de 2019

Força-tarefa de intervenção nas penitenciárias ficará no Amazonas por 90 dias


A força-tarefa de intervenção em presídios do estado do Amazonas começou na terça-feira (28) e terá duração de 90 dias, de acordo com portaria publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (29).

A equipe vai atuar em presídios de Manaus onde 55 presos morreram entre domingo (26) e segunda-feira (27).

De acordo com a portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) deve apoiar nas atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos.

O primeiro grupo da FTIP chegou ao estado na noite desta terça-feira (28). A medida de envio de equipes de intervenção penitenciária é do governo federal após pedido do governador do Amazonas, Wilson Lima, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Desde o massacre de presos em 2017, integrantes da Força Nacional de Segurança Pública atuam na área externa do presídio. A segurança, no entanto, é de responsabilidade do governo do Amazonas.

Novo massacre

Quarenta presos foram encontrados mortos dentro de cadeias em Manaus nesta segunda-feira (27). Inicialmente, o governo do Amazonas havia dito que eram 42 mortos.

Na véspera, uma briga entre presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) já tinha deixado 15 presidiários mortos.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que todas as mortes desta segunda tinham indício de asfixia. Elas ocorreram nas seguintes unidades:

Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) – 25 mortos;
Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – 6 mortos;
Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) – 5 mortos;
Compaj – 4 mortos.



Fonte: Nação Jurídica 




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