O enredo parece de novela: prestes a ser preso por corrupção, deputado é dado como morto. Anos mais tarde, porém, seu nome reaparece em novas investigações e descobre-se que ele, na verdade, forjou a própria morte e foi viver longo dos holofotes, na América Central. É mais ou menos isso que a família do ex-deputado José Janene (PP) e parlamentares da CPI da Petrobras suspeitam que pode ter ocorrido. Por via das dúvidas, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB), pedirá a exumação do corpo de Janene.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira (20) por Motta. "A informação que temos é que a viúva não tem certeza que ele morreu. Ele faleceu de infarto e ninguém viu o corpo. O caixão chegou lacrado. A suspeita é que ele possa estar vivo. Seria um personagem a ser trazido na CPI. Ele foi responsável por todo esse escândalo, que tornou Alberto Youssef peça principal. Se é verdade ou não, não sei", disse ao jornal O Globo.
Oficialmente, Janene morreu em 2010, depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral. Ele passou meses internado à espera de um transplante de coração, mas não resistiu e acabou falecendo antes de conseguir, de acordo com a versão oficial sobre sua morte até aqui. Sua viúva, Stael Fernanda Janene, disse, no entanto, que nunca viu o corpo do marido após a morte. Ela disse ainda que o caixão saiu lacrado do hospital e não foi aberto em nenhum instante, segundo o site da Época.
Agora, nas investigações da Lava Jato, o nome de Janene foi citado por muitos dos investigados e ele é apontado como um dos líderes do PP responsáveis por colocar o doleiro Alberto Yousseff como intermediário do esquema de corrupção na estatal.
Janene foi réu no processo do mensalão, mas “morreu” antes de ser julgado.
Janene foi réu no processo do mensalão, mas “morreu” antes de ser julgado.
Fonte: Administradores
Nenhum comentário:
Postar um comentário