O Governador André Puccinelli esteve se reunindo no último dia 21 com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, junto a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para tratar do impacto das demarcações na agropecuária brasileira. Em seu discurso, Puccinelli mostrou o vídeo do produtor rural Arnaldo Alves Ferreira sendo torturado antes de ser morto por indígenas, em abril deste ano, na Aldeia Indígena Lagoa Rica de Douradina.
“Chega de hipocrisia. Chega de frescurite. Não vou ter mais nenhum policial meu chacinado”, disse o governador, referindo-se aos três PMs mortos pelos índios no Estado. “Não há justiça para eles?", questionou ao ministro, alertando para o risco de novas mortes no Estado. Puccinelli fez duras críticas à Funai e acusou o órgão de reconhecer índios paraguaios como brasileiros.
O senador Delcídio do Amaral também endureceu com o ministro Cardozo e falou do descrédito do governo junto aos produtores. “Ninguém acredita mais na gente. O poder moderador morreu”, enfatizou, afirmando a necessidade do cumprimento da promessa de compra da Buriti. “Se o acordo tem de ser cumprido, invasão não pode mais acontecer”, finalizou o senador.
A reunião teve como resultado o prazo de sete a dez dias dado pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que uma força-tarefa formada por técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) entreguem o georreferenciamento e avaliação das terras no entorno da aldeia Buriti, nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, pleiteadas pelos índios terena para expansão da área da reserva.
Estiveram presentes na audiência o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Eduardo Riedel e um grupo de lideranças rurais do Estado.
Fonte: Douradina News
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