quinta-feira, 6 de junho de 2013

Juíza condena Thor a pagar R$ 1 milhão por morte de ciclista no Rio


Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi condenado a pagar R$ 1 milhão e a prestar serviço comunitário pelo atropelamento que matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos. A sentença da juíza Daniela Barbosa Assumpção de  Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, foi divulgada nesta quarta-feira (5).

Procurado pelo G1, o advogado Raphael Mattos, um dos responsáveis pela defesa de Thor Batista, informou que vai recorrer da decisão e pedir a absolvição de seu cliente.

Na sentença, a magistrada pede a apuração de “supostas evidências de crimes” praticados no processo, inclusive por Eike e Thor, citados em pedido de investigação ao Ministério Público sobre um acordo com o bombeiro militar Márcio Tadeu Rosa da Silva, que teria recebido R$ 100 mil como “compensação” pelo “auxílio e consolo à família da vítima”.

“Entendo que, na verdade, é função do bombeiro militar agir para salvar vidas, minorar os danos, ser cordial e auxiliar no que for preciso, não tendo o mesmo praticado atos além daqueles que deveria praticar por dever de ofício”, diz a sentença, que também pede a avaliação dos signatários do acordo: Eike, Thor, Márcio Tadeu, e Maria Vicentina Pereira e Cristina dos Santos Gonçalves.
O perito Rodolfo de Moraes, relator do primeiro laudo, que apontou velocidade de 110 km/h, também será investigado, assim como o policial rodoviário federal João Miguel Resende Ribeiro, uma das testemunhas, sob a suspeita de “eventual prática de crime por ocasião do depoimento”.

Família da vítima

Em maio, a defesa da família do ciclista Wanderson dos Santos – atropelado e morto Thor Batista em março de 2012 –  disse que entraria com duas ações na Justiça, contra o empresário e seu pai, o milionário Eike Batista, pedindo pagamento de R$ 1,5 milhão.

Segundo o advogado Cléber Carvalho Rumbelsperger, a defesa de Thor não respeitou a cláusula de confidencialidade do acordo firmado com 
a família da vítima no valor de R$ 1 milhão, após o acidente.

"Depois de um ano do acidente, foi anexado ao processo criminal a íntegra do acordo, sem o devido cuidado. Quem assina um acordo com cláusula de confidencialidade tem que zelar pelo cumprimento da cláusula. Então, qual era o dever deles? Pedir segredo de justiça.  Por essa falta de cuidado, vamos entrar com dois processos", disse o advogado.

Fonte: G1

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