sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protestos HOJE: Shoppings fecham no Leblon; grupo segue para casa do governador

Por conta dos protestos em Ipanema e no Lelblon, os shoppings Leblon e Rio Design Leblon fecharam suas portas por volta das 18h desta sexta-feira. Alguns funcionários ainda estão no local com medo de confronto.

Os dois estabelecimentos são de alto padrão e concentram grifes de luxo --no caso do shopping Leblon, algumas internacionais.

Não há previsão de reabertura dos centros comerciais. O horário normal de fechamento seria às 22h.

CASA DO GOVERNADOR

Um grupo de cerca de 200 manifestantes caminha nesta sexta-feira pela avenida Delfim Moreira, na orla da praia do Rio, no Leblon. Eles seguem rumo à rua do governador Sérgio Cabral, também no Leblon.

A Polícia Militar interditou no início da noite o quarteirão da rua do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no Leblon.

"Ô, ô, o povo acordou, o povo acordou", cantam, assim como "Ô, Cabral é ditador, Cabral é ditador". Também gritam "Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor".

Os manifestantes, que partiram da praça General Osório, em Ipanema, levam cartazes. Entre eles um que diz "Político ladrão, seu lugar é na prisão".

O movimento ocorre de forma pacífica, com pessoas acompanhando com bicicleta e skate.
Alguns moradores da avenida piscam as luzes dos prédios conforme os manifestantes passam. Como resposta, os manifestantes cantam: "Quem apoia pisca a luz".

Apenas moradores podem acessar o trecho da rua, que foi bloqueado em dois pontos por cerca de 40 policias do Palácio da Guanabara e do 23 Batalhão da Polícia Militar.

Quatro viaturas da polícia estão paradas na via aonde mora o governador, a rua Aristídes Espinola.
Mariana Sallowicz/Folhapress
Manifestantes e policiais se encontram na rua onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral
Manifestantes e policiais se encontram na rua onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral

SAQUES
Um grupo de moradores de favelas de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, invadiu e saqueou lojas na avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, no momento em que ocorria uma manifestação na outra ponta da avenida. A Polícia Militar tentava no início da noite dispersar o grupo com bombas de gás lacrimogênio. Um homem foi detido.

Por volta das 17h, pessoas começaram a sair das favelas que ficam às margens do trecho final da Linha Amarela, seguindo em direção à Barra da Tijuca, onde shoppings e empresas encerraram o expediente mais cedo.

No caminho, incendiaram caçambas de lixo, arrombaram uma concessionária e depredaram vários veículos. Invadiram uma loja e roubaram televisões e computadores.
O grupo corria desordenadamente pelas pistas da avenida, ameaçando atingir veículos com pedras. Motoristas, apavorados, voltavam na contramão.

Uma barreira de policiais foi montada na avenida Ayrton Senna para impedir que os saqueadores se aproximassem da área onde ficam os grandes shoppings e condomínios da Barra.

Quando os saqueadores se aproximaram da barreira policial, sentaram nas pistas, simulando uma manifestação. Após um período, o grupo lançou pedras contra os policiais.
Segundo a polícia, um agente do 22º Batalhão da PM chegou a ser encurralado numa das pistas da Ayrton Senna. De acordo com a versão, os manifestantes chegaram a atirar contra ele.


Ainda não há informações sobre feridos.


A PM formou um bloqueio próximo à ponte estaiada em construção para o Transcarioca (via expressa de ônibus que ligará o aeroporto internacional à Barra) a fim de impedir que os saqueadores se aproximem de outro grupo que se manifesta na avenida das Américas.
Esse grupo de manifestantes, que se concentrava em frente à Cidade da Música, recebeu orientação de policiais que os acompanhavam para dispersar porque o grupo de saqueadores vinha no sentido oposto. Muitos acataram a recomendação e saíram.
Por causa dos saques e da manifestação, as avenidas Ayrton Senna e das Américas, além da Linha Amarela, foram interditadas.

Fonte: UOL

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