A presidente Dilma Rousseff despacha na noite desta quinta-feira no Palácio do Planalto, enquanto cerca de 20 mil manifestantes protestam em frente ao Congresso Nacional. Pelo menos 200 homens da Polícia do Exército fazem uma espécie de escudo humano para proteger o Planalto de possíveis ataques.
Dilma se reúne com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, desde as 16 horas de hoje. Não foi divulgado o assunto da audiência. A presidente decidiu cancelar a viagem que faria nesta sexta-feira, 21, a Salvador para anunciar o Plano Safra do Semiárido. Dilma também cancelou viagem que faria ao Japão na semana que vem.
Preocupados com os protestos, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), se reuniram nesta tarde no gabinete da Presidência do Senado para discutir a maneira de lidar com as manifestações.
Os dois se comprometeram a receber representantes de manifestantes para ouvir as reivindicações do grupo. Por volta das 18 horas, sem se identificar, três pessoas entraram no gabinete de Renan Calheiros, ciceroneados pelo diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo. Seria um dos cinco grupos que devem ser recebidos.
Esquema de guerra. O Governo do Distrito Federal e o Congresso Nacional montaram um verdadeiro "esquema de guerra" para atender eventuais feridos no protesto que acontece neste momento na Esplanada dos Ministérios. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) montou dois postos médicos de atendimento nas laterais do Congresso neste momento. Um deles fica ao lado da saída do anexo I da Câmara dos Deputados e o outro próximo ao Ministério da Justiça.
Foram disponibilizados 140 profissionais do Samu, 30 ambulâncias equipadas com aparelhos de UTI e 16 "motolâncias". Em cada posto há uma tenda inflável com capacidade para 6 macas. O serviço médico da Câmara também está à disposição com 40 profissionais.
Neste momento, cerca de 20 mil manifestantes ocupam o gramado do Congresso Nacional, segundo estimativa da Polícia Militar. A pista de acesso ao Palácio do Planalto já está interditada pelo Batalhão de Choque.
Fonte: Estadão
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