Após a Era Industrial, marcada pelos destaques da eficiência e da
produtividade, a transição para o novo milênio veio com novos conceitos,
novos paradigmas, e a chamada “Era do Conhecimento” em que vivemos
atualmente valoriza a criatividade e o poder da informação.
Inserido neste contexto está o empresário
e profissional contábil, cujo papel tem sido evidenciado na última
década exatamente por se adequar perfeitamente às novas necessidades da
sociedade. Considerada por muitos como a Linguagem Universal dos
Negócios, a Contabilidade tem se mostrado e sido mais facilmente
percebida como um grande instrumento para o empreendedorismo e o
contador, ao deter as informações, saber interpretá-las, utilizá-las
como eficazes instrumentos de gestão, tem assumido papel fundamental
para o crescimento das organizações, das economias, das administrações
públicas e das nações.
Por algumas décadas o contador foi visto como um “mal necessário”,
chamado de “darfista”, com imagem atrelada à burocracia e uma infinidade
de papéis. Mas agora, volta às origens, passa a ser percebido como um
profissional indispensável, criativo, versátil e estratégico.
Não há desenvolvimento que não passe ou não dependa da Contabilidade.
No entanto, ao lado desta gradual valorização está uma avalanche de
desafios que todo o militante da área tem de enfrentar para atender às
demandas. O segmento é afetado diretamente pelas transformações
tecnológicas, fiscais, legislativas, econômicas e tributárias. E a busca
incessante pelo conhecimento e educação permanente passou a ser vital
para a sobrevivência e o sucesso nesta área.
Podemos listar entre esses desafios a nova lei de regência, a
convergência às normas IFRS, a evolução da inteligência fiscal
brasileira, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital, o
processo de certificação digital, o conhecimento do mercado de capitais,
entre inúmeros outros. Mas vale destacar que a Contabilidade no Brasil é
exemplo para o mundo, os empresários e profissionais do setor estão
assimilando de forma eficiente e tranquila às normas internacionais
contábeis e a organização da categoria no País é diferenciada.
Inversamente ao que muitos pensam, a burocracia e o número excessivo
de obrigações acessórias estão elencados na lista dos entraves à
atividade contábil. Com a tendência dos governos de transferir o papel
de fiscalização para o próprio contribuinte, temos presenciado o aumento
destas exigências fiscais, fato que não acrescenta à categoria, ao
contrário, reduz o tempo para manuseio dos dados contábeis, realização
de análises e projeções, auxílio nas tomadas de decisões e
direcionamento efetivo dos negócios para o desenvolvimento. Por isso
sempre encampamos, em nome do empreendedorismo e da sociedade, as lutas
em favor da desburocratização, da simplificação e da carga tributária.
Em 2013 comemoraremos pela 94° o Dia
do Contabilista, instituído em 25 de abril, e, desde a criação do
método das partidas dobradas pelo patrono Frei Luca Pacioli, por volta
de 1.500, a profissão contábil não esteve tão valorizada.
O contador do novo milênio, da “Era do Conhecimento”, é plural, tem
suas competências ampliadas, é versátil e flexível a mudanças. Este é o
seu momento! Esta é a oportunidade de mostrar para toda a sociedade a
relevância da atividade. Ao decifrar a linguagem internacional dos
negócios, o empresário e o profissional contábil tem nas mãos a chave da
prosperidade.
* Sérgio Approbato Machado Júnior é presidente do Sindicato das
Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,
Perícias, Informações e Pesquisa no Estado de São Paulo (SESCON-SP)
Fonte: CFC
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