A força-tarefa da operação Lava Jato encaminhou à procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, ofício no qual alega a suspeição do ministro Gilmar Mendes, do STF, para julgar ações relativas ao ex-senador Aloysio Nunes e a Paulo Vieira de Souza – mais conhecido como Paulo Preto –, apontado como operador do PSDB.
No documento, a força-tarefa apresenta informações que impediriam Mendes de julgar os investigados, alvos da 60ª fase da operação.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o ministro teria proximidade com os investigados, em especial com Aloysio Nunes, com quem teria conversado por telefone no primeiro dia útil após o protocolo de HC no Supremo, o qual foi posteriormente deferido por Mendes. Na ação, Paulo Preto figurava como interessado.
Para os procuradores da Lava Jato, as conversas entre o Gilmar e o ex-senador expõem a interferência de Nunes em interesse próprio e de Paulo Preto valendo-se de relação pessoal com o ministro do STF. Os integrantes da força-tarefa também consideram que outro processo que apura vantagem indevida do grupo Odebrecht a Aloysio Nunes foi arquivado recentemente com voto inicial de Gilmar Mendes, em contrariedade a pedido da PGR.
Ao considerar a iminência de decisão na Rcl 33.514, distribuída a Gilmar Mendes, a força-tarefa requer que a Procuradoria adote as medidas cabíveis, “de forma a evitar que o interesse público subjacente às investigações possa ser prejudicado e que uma mácula de desconfiança paire sobre decisões proferidas por E. Ministro da Suprema Corte”.
Fonte: Migalhas
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