A correria para entregar a declaração do Imposto de Renda causa tensão nos contribuintes que deixam tudo para a última hora. Medidas simples podem melhorar a declaração do próximo ano.
A forma correta para acertar as suas contas com o Fisco é se planejar ao longo do ano, mantendo tudo em ordem, para não se atrapalhar com a entrega da declaração. Veja dicas para não ter que lamentar novamente na próxima vez.
Papelada em ordem
Muitas despesas são dedutíveis do IR, como gastos com saúde, educação, contribuições previdenciárias, com dependentes, doações a determinadas entidades, pagamento de pensão alimentícia, livro-Caixa etc.
Partindo do princípio de que a maioria delas tem periodicidade mensal, imagine quantos recibos e notas fiscais você não terá se procurar, se deixar tudo para última hora mais uma vez?
Portanto, trate de organizar tudo desde já, separando os recibos por categoria, para facilitar consultas futuras. Não esqueça dos recibos de pagamento do carnê-leão, quando for o caso.
Cobre os informes de rendimentos
Os informes de rendimentos são essenciais para facilitar a declaração de IR. Nestes documentos, empregadores, outras fontes pagadoras, Previdência Social e bancos, por exemplo, resumem tudo o que foi pago a você, as contribuições feitas, saldo de contas etc. Ou seja, servem para compilar os dados que certamente você teria trabalho para juntar se tivesse que procurar um por um.
Os documentos são obrigatórios. Caso não receba até o final de fevereiro (as declarações começam a ser enviadas sempre em março), entre em contato com o responsável e exija explicações.
Baixe o programa antes
A exemplo do que fez neste ano, a Receita deve liberar, pelo menos uma semana antes do início do prazo de entrega da declaração, o programa para preencher o documento. Assim, você pode se antecipar aos demais contribuintes e já baixar o programa, para se familiarizar com o aplicativo e até escolher a melhor forma de envio, se pelo modelo simplificado ou completo.
Além disso, você ganha um pouco mais de tempo para esclarecer possíveis dúvidas durante o preenchimento e conferir se todos os dados foram informados da forma correta, evitando até ficar retido na malha fina por conta disso. Por fim, se você fica com o documento pronto para enviá-lo logo nos primeiros dias após a abertura do prazo, poderá receber sua restituição mais cedo também.
Fique atento à nova tabela
Não se esqueça de que, desde janeiro, vigora a nova tabela do IR, corrigida em 4,5%. As mudanças não chegaram a atingir as declarações deste ano, já que estas eram referentes aos rendimentos auferidos no ano passado, quando ainda vigorava a antiga tabela.
Entretanto, a partir de 2012, os novos valores serão considerados na sua declaração. O teto de isenção do imposto, por exemplo, sobe de R$ 1.566,61 por mês para R$ 1.637,11, enquanto na tabela anual ele passou de R$ 18.799,32 para R$ 19.645,32.
O mesmo vale no caso das despesas dedutíveis, que também foram ajustadas em 4,5%. Para se ter uma ideia, as deduções mensais com dependente, que de janeiro a março de 2011 eram de R$ 150,69, e de abril a dezembro, passaram para R$ 157,47, no ano-calendário de 2012 sobem para R$ 164,56. Já a parcela isenta dos aposentados com mais de 65 anos, que era de R$ 1.499,15, entre janeiro e março, e de R$ 1.566,61, de abril a dezembro de 2011, sobe para R$ 1.637,11.
O tempo é grande. Acertar as contas com o Leão agora só em 2013, mas não custa nada começar desde já, para se tornar um contribuinte organizado e cuidadoso com suas obrigações.
FONTE: UOL
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