O 13º salário, se não caiu, está próximo de cair na sua conta, certo? No entanto, você já pensou em não gastá-lo para, assim, fazê-lo render e tirar proveito num futuro próximo em algum sonho, viagem, ou até reservá-lo para uma possível emergência?
O professor do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais do Rio de Janeiro (Ibmec-RJ), Daniel Sousa, nos dá alguns conselhos, alertando a seguí-los somente se a pessoa já estiver com as dívidas quitadas. Caso contrário, deve preferir liquidar os débitos, até por conta dos perigos dos juros elevados pesarem demais no bolso.
O professor conta algumas estratégias, seguindo três perfis diferentes do “poupador de 13º salário”:
Micropoupador
Quem não tem certeza se vai ou não precisar do 13º salário no futuro, pode colocá-lo para render em uma caderneta de poupança. Você pode sacar com rapidez, sem custo algum.
Sousa aconselha que todo mundo deveria ter uma reserva mínima para 90 dias, ou seja, ter disponível em poupança uma quantia para a sobrevivência durante 90 dias, até devido às incertezas que podem abalar a renda, como um possível desemprego.
Poupador com mais renda que não quer correr riscos
Uma excelente alternativa são os títulos do tesouro nacional. É uma maneira de você “emprestar” dinheiro ao Governo e receber juros sobre o montante. “O ideal, claro, é permanecer com o título até o seu vencimento, pois se não o fizer, seu preço de venda estará sujeito às flutuações do mercado”, explica o professor do Ibmec.
“Escolha um título com prazo que você saiba que durante o período não vai precisar do dinheiro”, orienta Sousa, aconselhando um período superior a dois anos, pois o imposto de renda é menor, atingindo a faixa mínima.
Poupador com mais recursos, sujeito aos riscos
O último caso é o poupador que tem uma certa quantia do 13º salário, talvez até somado a outras quantias e que tem o desejo de correr mais riscos e fazer seu dinheiro render um pouco mais. Sousa diz que um bom destino é poupar o dinheiro para comprar blue chips na Bolsa (ações com maior qualidade, propensas a resultar em maior liquidez).
Entretanto, é preciso ter foco no longo prazo.
“O poupador deve tomar atitudes assim somente se não for precisar do dinheiro por um período inferior a cinco anos”, diz Sousa.
Para quem não tem um conhecimento mais a fundo do Mercado, é interessante buscar uma boa corretora, pois são boas as chances de obter algum retorno.
“Claro que é preciso frieza, já que num momento de queda das ações, não se deve tirar o dinheiro da Bolsa”, afirma o professor, ressaltando a importância de conter o desespero.
Mas meu 13º nem é tão alto...
Por mais baixo que seja o salário, é possível sim colocar seu 13º para render de alguma maneira.
“Já vi muita gente com renda baixa poupando e se enriquecendo, enquanto outras bem mais ricas, nem foram capazes de poupar dinheiro”, conta Sousa. “Para usar bem este benefício é preciso ter disciplina e foco”.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário