quinta-feira, 16 de julho de 2015

O apresentador, ator e diretor Miguel Falabella faz discurso com indignação contra decisão de juiz




A decisão do juiz da Infância e Juventude do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Flavio Bretas Soares, que vetou a participação de duas crianças na peça "Memórias de Um Gigolô", causou a indignação do diretor Miguel Falabella. Em função disso, Miguel usou a pré-estreia da peça para fazer um discurso, na noite desta segunda-feira, 13.

Miguel Falabella subiu ao palco, ao lado dos atores mirins Matheus Braga, de 13 anos, e Kalebe Figueiredo, de 10 anos - que estavam com fitas adesivas fechando a boca, em protesto -, e falou o que pensava sobre a decisão.

"Uma das razões alegadas foi que a de que o personagem usava a palavra 'masturbação' no texto, e que isso poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos menores. O teatro, senhor juiz, muito pelo contrário, ensina esses dois jovens talentos a dominar a língua, a se expressar com clareza, a aguçar o raciocínio e a olhar o mundo com os olhos da poesia. E o teatro musical ainda por cima lhes ensina a música", falou.

Em seguida, Miguel deixou um recado para o juiz e parabenizou o elenco que teve que se adaptar rapidamente com a ausência dos meninos na peça.

"Se a sua intenção era a fama, pois que seja feita a sua vontade. O senhor ganhou uma patética e tristonha citação na história do teatro brasileiro, mas tomando emprestado as palavras de Darcy Ribeiro, eu lhe diria que não gostaria de estar no lugar quem lhe venceu. Um agradecimento especial a esse maravilhoso elenco, que lutou com afinco para o ensaio de última hora", disse.


A decisão


O juiz Flavio Bretas Soares proibiu a atuação dos meninos na peça pois julgou inadequada a linguagem do texto da peça, o que poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos jovens.


A peça


"Memórias de Um Gigolô" é baseado no romance do escritor paulista Marcos Rey e conta a história de um aspirante a cafetão que se apaixona por uma prostituta. no elenco, atores como Mariana Rios, Marcelo Serrado e Leonardo Miggiorin. O espetáculo está em cartaz no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.

Fonte: atarde.uol.com.br


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