Após a divulgação de informações bombásticas pelo site Intercept relacionada aos membros da força-tarefa da Lava Jato, o Ministério Público Federal divulgou "esclarecimentos à sociedade".
As conversas tornadas públicas colocam em xeque a atuação da força-tarefa da operação e, sobretudo, a isenção do então juiz Sergio Moro. Se for fato o que consta no material, o que se vê é a atuação ativa de Moro, à época magistrado da Lava Jato, junto aos acusadores.
No mesmo dia em que foram feitas as publicações, domingo, 9, a assessoria do MPF publicou nota dizendo que seus membros foram vítima de ataque criminoso de hackers. A nota, por sua vez, não leva a assinatura de nenhum membro do parquet.
No texto, o órgão informa que procuradores não estão preocupados com a legitimidade de sua atuação, mas sim com segurança pessoal, e com “falsificação e deturpação do significado de mensagens”. São elencadas três preocupações:
i) os avanços contra a corrupção foram seguidos por fortes reações de pessoas que defendiam os interesses de corruptos;
ii) preocupação com deturpação dos fatos, fatos retirados de contexto, falsificação de informações e "fake news";
iii) por fim, o texto informa que vários dos integrantes da força-tarefa são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras. "Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas."
Já nesta segunda-feira, 10, a força-tarefa, também por meio da assessoria do MPF, sem qualquer assinatura, apresentou "esclarecimentos à sociedade". Neste texto, afirma que "apenas oferece acusações quando presentes provas consistentes dos crimes".
A explicação se deu porque o site Intercept divulgou mensagens do procurador Deltan Dallagnol dizendo que estava com dúvidas sobre provas contra Lula no caso do triplex horas antes de oferecer a denúncia.
No texto de esclarecimento, os procuradores reiteram preocupação com possíveis mensagens fraudulentas ou retiradas de contexto.
Fonte: Migalhas
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